Segundo a escritora italiana Alessandra Viola, autora do livro Brilliant Green (Verdes Brilhantes), estamos ignorando os seres mais espertos da Terra, e não somos nós, e sim as plantas.
As plantas não possuem cérebro entenda sua inteligência:
Plantas são seres vivos que evoluíram de forma diferente. Nós optamos por nos mover para conseguir comida ou fugir de predadores, mas elas não. Nós, animais, também temos órgãos específicos para cada função, mas as plantas se dariam mal se apostassem nisso. Se são fixas e podem ser devoradas por tantos herbívoros, não podem deixar que uma função essencial dependa de um só órgão. Assim, as funções são distribuídas para aumentar a chance de sobrevivência. Se um animal comer 90% de uma planta, ela ainda vive.
Sentidos: Humanos x Plantas
As plantas possuem cerca de 20 sentidos. Um deles é a percepção da gravidade. Para se ter uma ideia: quando mergulhamos na água, chegamos a um ponto em que simplesmente não sabemos mais onde é em cima ou embaixo. Com as plantas, isso jamais aconteceria. Elas sempre sabem que as raízes devem crescer em direção à terra, porque percebem a gravidade. Elas também percebem a umidade de outra forma. O Stefano Mancuso (neurobiólogo de plantas e também autor do livro) fez um experimento em que isolou um vaso com uma planta e, do lado de fora, colocou um tubo com água. Depois de algum tempo, mesmo sem contato direto com a água, a planta começou a crescer na direção do tubo.
Comunicação das plantas
Por cheiros. Sabemos que elas liberam moléculas orgânicas no ar que são percebidas por outras plantas e combinadas como um alfabeto. Elas liberam moléculas para mensagens como "estou sendo atacada" ou "estou com sede, aqui não tem água". Numa plantação de tomates, por exemplo, que está sendo atacada por insetos, as primeiras plantas devoradas liberam uma mensagem que os outros tomateiros percebem. Assim, podem soltar um cheiro menos atraente para o inseto.
Fonte: SuperInteressante
