Cientistas do Instituto de Pesquisa Rotman e da Universidade de Toronto, ambos no Canadá, examinaram os cérebros de 14 mulheres de 72 anos, todas casadas há cerca de 40 anos. No experimento, as senhoras assistiam a vídeos curtos, protagonizados pelos próprios maridos ou por desconhecidos, demonstrando emoções diferentes do que sugeria a legenda do vídeo. Se um dos maridos aparecesse na tela sorrindo, por exemplo, a legenda diria que ele estava pensando em uma situação triste que ambos viveram. Essa desconexão entre a imagem e a legenda tem um propósito: testar se a esposa entende os sentimentos do marido em um contexto que ela, pessoalmente, teria uma reação diferente, e se ela identificaria tão rápido a incongruência dessas emoções em um estranho.
A partir da experiência, os pesquisadores descobriram que a atividade geral do cérebro das participantes ficava mais acentuada (o que ocorre quando há maior processamento nervoso de emoções) quando seus maridos demonstravam positividade, ou seja, emoções mais fáceis de serem compreendidas. Além disso, as voluntárias também responderam a um questionário sobre sua satisfação conjugal. De acordo com os acadêmicos, as mulheres que tiveram o maior nível de atividade geral no cérebro também mostraram ser mais felizes em seus relacionamentos em suas respostas ao teste.
Em resumo, conhecer bem as emoções do parceiro e como ele as demonstra – em especial as felizes – é sinal (ou seria um sintoma?) de uma relação duradoura. Saber se colocar no lugar do outro, mesmo quando não nos sentimos tão felizes ou tristes quanto ele, mostra que a comunicação de ambos é efetiva – e isso é fundamental em qualquer tipo de relacionamento.
Fonte: Science of Us