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Qual o futuro de Cuba sem Fidel ?


No dia 25 de Novembro de 2016 morreu o ex presidente ditador cubano Fidel Castro, aos 90 anos. Apesar de ter deixado o governo há algum tempo, ele ainda era uma figura muito influente politicamente em Cuba. O atual presidente de Cuba é Raúl Castro, seu irmão.

Desde fevereiro de 2008 Fidel Castro não ocupa mais a posição de presidente em Cuba, porém, ele era o conselheiro de seu irmão presidente Raúl Castro e ajudava-o em problemas enfrentados pelo país. Agora, Raúl caminha com as próprias pernas no comando da presidência e terá de enfrentar sozinho os dilemas políticos de um presidente. O atual presidente é visto pela população como um pouco mais liberal que o irmão, porém, não tão liberal quanto a população cubana gostaria e precisa.

O roteirista de cinema Marcelo Muller já morou em Cuba e hoje em dia viaja para lá pelo menos duas vezes por ano para dar aula de cinema para jovens cubanos. Para Marcelo, a morte de Fidel é uma mistura de esperança e respeito: “É parecido com aquela de quando um parente muito velhinho falece, que a gente fica triste, tem essa sensação de silêncio, de reflexão, mas a gente sabe que ele fez, tomou as decisões e é uma morte natural. Então, nesse sentindo, não teria o dramatismo que poderia ter se fosse em outro momento”.

Dependente economicamente da União Soviética, com o fim desta, Cuba tem passado por enormes dificuldades econômicas agravadas pelo massacrante bloqueio comercial patrocinado pelos Estados Unidos, o que deve implicar em profundas transformações sociais e políticas após sua saída do poder. Apesar de sua morte ter sido um evento importante na luta dos cubanos contra o regime comunista, Cuba ainda continuará sendo o que é durante um bom tempo, inclusive porque a situação cubana não se deve apenas à política interna, mas sim, de diversos meios externos como o bloqueio de comércio feito pelos Estados Unidos, evento explicado na matéria anterior " Quem foi Fidel Castro? "

“Efetivamente, em Cuba, as coisas vão mudar menos por conta de quem está no poder e mais por quem é seu interlocutor. Dependendo de quem seja o interlocutor nos Estados Unidos, as mudanças serão maiores ou menores na ilha”, afirma o professor Alexandre.


Agora Cuba passará por uma situação bastante crítica e decisiva em sua história, já que Raúl Castro está agindo sozinho sem os conselhos de seu irmão e o próprio já deixou bem claro seu ódio pelos Estados Unidos. 

 "Meu sonho é derrubar três bombas atômicas na cidade de New York." - Raúl Castro.






Por: Rômulo SS