Por mais que pareça ser um mapa bem completo, os cientistas do BOSS disseram que a imagem representa ‘apenas’ 3% de todo o universo – que possui pelo menos 1,2 milhão de galáxias.
Especialistas dizem que o mais impressionante desse mapa é que ele mostra como o universo tem se expandido com o passar dos anos, comprovando a Teoria de Relatividade do físico Albert Einstein, que diz que tempo e espaço são relativos dependendo do ponto de vista de quem observa.
“É o teste mais rigoroso que já lançamos na relatividade geral”, disse a co-presidente do BOSS, Rita Tojeiro.
O que representam as cores do mapa
Os pontos amarelos do mapa representam as galáxias mais próximas da Via Láctea, há até 6,4 bilhões de anos-luz de distância.
As mais escuras e roxas, no caso, são as que ficam mais longe da nossa galáxia, a partir de 6,7 bilhões de anos-luz.
As manchas mais acinzentadas representam um possível corpo celeste (pode ser uma estrela ou um planeta, por exemplo). No entanto, essas manchas refletem dados imprecisos, porque uma estrela brilhante demais bloqueou a vista, ou por conta de algum erro durante a captação de imagem.
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| Mapa 3D do universo: como foi criado |
Encontrar sua distância da Terra exigiu uma análise do espectro de luz de cada galáxia. Para isso, os cientistas tinham que evitar a interferência do excesso de luz da Via Láctea.
A imagem acima, por exemplo, mostra um desenho de diversas galáxias tendo a Terra como ponto central.
Para captar a luminosidade de diversas galáxias e estrelas, os cientistas cobriram o telescópio com uma placa de alumínio com 1m de diâmetro e mais de 1.000 furos, em que cada um representa a localização precisa de uma galáxia.
De acordo com o centro Sloan Digital, esse mapa 3D pode ajudar pelo menos três áreas científicas: definir parâmetros da energia escura; observar a estrutura e evolução da Via Láctea; e entender a arquitetura dos sistemas planetários.

